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sábado, 29 de dezembro de 2018

Beleza maldita

Eurico Pavia canta Letra de Gabriel Silva para o fado Licas de Armando Machado Quero saber quem sou e não consigo Queria saber quem és mas não consentes Queria fugir de mim, deste castigo E nunca mais ouvir-te quando mentes Não queria mais falar-te mas quero ver-te Quero saber a razão porque me queixo Não te quero, tenho medo de perder-te Já tentei odiar-te e não te deixo Serás tu deste mundo ou és um mito Ou serei eu femente de desejos Ou tudo será falso e eu acredito Na loucura fremente dos teus beijos Queria saber de ti, qual a maneira Que fez da minha alma um mar de escolhos Que me faz prender quase em cegueira À beleza maldita dos teus olhos Letra retirada do blog FadosdoFado com os meus agradecimentos

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Voar a dois

letra de Maria Manuel Cid musica de Miguel Ramos *fado alberto* cantado por Matilde Pereira Amar é ser criança a vida inteira Amar é ser assim como um cristal É ver abrir em flor uma roseira E ver a vida à luz de um ideal Juntar partes iguais da mesma vida Dois corpos num só corpo confundir Fechar com beijos loucos uma ferida E as portas da coragem reabrir Deixar passar o vento no telhado Sem nunca abandonar o mesmo ninho Sentir que vai seguro e amparado Chegar ao fim sem desviar caminho Sentir o coração batendo certo Com outro coração ir a compasso Seguir na escuridaão destino aberto Poder voar a dois no mesmo espaço

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Fado da Adiça

letra de Rodrigo de Melo /musica de Armando Augusto Freire *fado da adiça* Repertório de Amália Por muito que se disser O fado não é canalha Não é fadista quem quer Só é fadista quem calha O destino é linha recta / Traçado à primeira vista Como se nasce poeta / Também se nasce fadista O fado é sexto sentido / Que distingue o português Para ficar aprendido / Basta cantar-se uma vez Soa a guitarra cantamos / A alegria que fingimos O fado que nos cantamos / É sina que nós cumprimos Transcrito por: José Fernandes Castro

Daniel Gouveia-Vida perdida

letra de Victor Conde /musica de Jaime Santos *fado alvito* Cheguei ao fim da tristeza Passei por todas as dores E mágoas que a vida tem Por não ter tido a nobreza De acarinhar os amores De quem tanto me quis bem Nos limites da amargura Abracei a solidão / Companheira do meu pranto Por desprezar a ternura O carinho e a afeição / De quem sempre me quis tanto Nem eu próprio me conheço Ando longe a procurar / O homem que fui outrora Para voltar ao começo Com coração só p’ra amar / Quem ontem mandei embora Transcrito por: José Fernandes Castro

Sagrada mentira

Domingos Gonçalves da Costa / fado alvito jaime santos Quando a vires faz-me um favor Diz-lhe que nunca a amei Que pode andar à vontade E que todo aquele amor Que mentindo lhe jurei Foi pura leviandade Diz-lhe mais, que o meu sorriso Com que ela julgava preso / O meu coração ao seu Muita vez me foi preciso P'ra mascarar o desprezo / Que na minh’alma viveu Corre e vai dizer-lhe agora Que não choro, o ter perdido / Algum amor verdadeiro A minha revolta mora Na razão de não ter sido / Eu a deixá-la primeiro E mal me voltou as costas Esse amigo, os olhos meus / Ficaram baços de pranto Fiquei p’rali de mãos postas Pedindo perdão a Deus / Por lhe ter mentido tanto Transcrito por: José Fernandes Castro

Naquela noite em Janeiro


letra de Fraancisco Ribeiro musica do fado Acácio

Naquela noite em Janeiro
A subirmos a minha escada
Quando desceste era dia
Bem sabes, foste o primeiro
Que aquela porta fechada
Abriu a minha alegria

Passavam meses, depois
Com medo que te prendesses / Quiseste sair à rua
Mas nós subimos os dois
E eu roguei que não descesses / As escada que era só tua

Passei um tempo sem lume
Com sede dos teus abraços / E fome do teu carinho
Entrava em casa o ciúme
Quando na escada os teus passos / Subiam devagarinho

Numa noite à tua espera
Não dormi acompanhada / E o tempo cruel passou
Se te lembrares quem eu era
Não subas a minha escada / Que a porta já se fechou



Nessa noite a esta hora

Letra de Maria de Lourdes de Carvalho musica do fado Acácio de Acácio Gomes Corri a noite sózinha Procurando em cada esquina O fado que me ensinaste Encontrei o vagabundo Pedindo uma esmola ao mundo Porque tudo lhe roubaste Perguntou, porque tardei Disse-lhe, que muito andei / E que por ti me perdi Virou-me o rosto insolente Arrogante e indiferente / O fado riu-se de mim Vejo outros olhos e bocas A sorrirem como loucas / Aos beijos que deitei fora Procuro de rua em rua O fado que me fez tua / Nessa noite a esta hora

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Corpo interdito

Letra de Fernando Campos de Castro,musica do fado cravo Das coisas que não vivi E do mais que não senti Tenho saudades violentas Ando tão longe de mim Que este silêncio sem fim É maior quando te ausentas Da boca que em vão sonhei E dos beijos que não dei Tenho um gosto de abandono Um travo que me tortura E que acendeu de loucura Cada estrela do meu sono Até do corpo interdito Onde sonhei infinito Tenho mais do que saudades Tenho nuas, desoladas Duas mãos abandonadas Com sinais de tempestade Meu amor, porque me deixas Neste naufrágio de queixas Onde não sinto saída Porque me negas a boca Duma noite breve e louca No fado da nossa vida?

terça-feira, 30 de outubro de 2018

SONIA SOPRANO - Fado Tango - Rosa Caída


Joaquim Borges / Joaquim Campos *fado tango*
Repertório de Maria da Nazaré

Já não és a minha vida
De ti, não tenho ciúme;
Olha que a rosa caída
Mesmo depois de colhida
Continua a ter perfume

Julgando que me torturas / Passas com outra, a teu lado
Eu não caminho ás escuras
Tenho a luz das amarguras / A iluminar meu passado

Já fui a folha esquecida / Que esperava a primavera
Agora tenho outra vida
Já não sou rosa caída / Voltei a ser o que era

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Destino Marcado

Uma letra de Fernando Farinha cantado no fado menor O fado tem não sei quê Que prende a alma da gente Um nada que se não vê Um tudo que a gente sente Eu dei-lhe a vida a valer Nada mais podia dar Agora para viver Vivo sim, mas a cantar Se a tristeza ao fado assiste E o fado assim extasia Prefiro ser sempre triste Para não morrer de alegria Tinha o destino marcado Pois logo de pequenino Fiz do destino dum fado O fado do meu destino A minha vida renasce Neste meu canto magoado Cada um é p'ro que nasce E eu nasci para o Fado

Sete esperanças, sete dias

Sete esperanças, sete dias Manuel de Andrade / Alfredo Marceneiro *fado cravo* Sete esperanças sete dias Era tudo o que trazias Nada mais me querias dar; Sete ventos te trouxeram Mais outros sete vieram Mais tarde pra te levar Teus olhos vinham de longe Teus olhos vinham de longe / De mais longe que os teus passos Vitórias fáceis de mais Deste-os em beijos iguais / Sete dias nos meus braços Brancos lírios não mos deste Nem esse perfume agreste / Que nos teus olhos trazias Vinhas de mãos estendidas Trazer-me em frases mentidas / Sete esperanças sete dias

domingo, 3 de junho de 2018

Quando partiste

Quando partiste Letra e musica de Paco Gonzalez Quando partiste, foram contigo os meus desejos Quando partiste, foram contigo os meus abraços E vivo agora a mendigar teus falsos beijos Ouvindo os risos que tu dás aos meus fracassos Quando partiste, nunca supuz que à despedida Ia contigo o naufragar da minha vida Não te posso censurar, sei bem Podes dar a quem quiseres, calor Mas se um dia tu ouvires alguém Como louca te chamar, amor Sou eu, sou eu, sou eu Que nunca te esqueci E sei amor, meu bem, que te perdi Quando partiste, julguei vencer o desespero Quando partiste, julguei vencer a solidão Menti, menti, p’ra não cantar o que te quero Mas já sem forças, o meu pobre coração Diz-me a gritar, diz-me a chorar que na verdade É bem cruel a voz amarga da saudade

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Cuidado, louca gaivota

Quando a gaivota esvoaça E chega a voar à Graça Meus olhos seguem os teus Mas eles, à desfilada Correm louca cavalgada Sem nunca verem os meus Voam tanto, tanto, tanto Os olhos do meu encanto / Teu negro olhar feiticeiro E ao poisar na Madragoa Contam a qualquer pessoa / Que deles sou prisioneiro Sobem mais do que a gaivota Riem da minha derrota / Da tola perseguição E ficam penas aos molhos A marcar nestes meus olhos / Esta insensata paixão Vejo os teus olhos voar Tenho ciumes do ar / Que te abraça quando quer Mas meu amor.. tem cuidado Pois na cidade do fado / Há mais do que uma mulher

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Se os meus olhos já não choram

Deolinda Maria nascidda na Penha de França faleceu em 2008 com 69 anos. É mãe do guitarrista José Manuel Neto Aqui canta este fado com letra de Frederico de Brito / marcha de Raúl Pinto Se os meus olhos já não choram Sobe aos rochedos aguços E do alto diz ao mar Que as esperanças se evaporam E eu não tenho mais soluços Nem mais pranto p’ra chorar Vai à praia e diz à areia Que se vir a maré cheia / A subir, pé ante pé Diz a essa malfadada Que ando triste, estou cansada / De remar contra a maré P’lo caminho diz ao vento Que não ande mais nas rondas / Que não rasgue mais as velas E se ouvir o meu lamento Que não cave tanto as ondas / Que não não baile assim com elas Diz áquela nuvem parda Que parece estar de guarda / Ao luar que se apagou Que o meu bem já se demora Foi num barco p’lo mar fora / E esse barco não voltou

domingo, 28 de janeiro de 2018

Casa do Esquecimento

Letra de Aldina Duarte musica do fado Acácio Amei-te com os laços da virtude Prendi-me nos teus braços que beijei Bebi do teu olhar a juventude À pele da tua boca murmurei Bebi do teu olhar a juventude À pele da tua boca murmurei Impossível cantar a realidade do dia em que disseste o que não digo matei dentro de mim toda a saudade e tudo o que era teu ficou contigo matei dentro de mim toda a saudade e tudo o que era teu ficou contigo O quarto um agasalho uma mesa os restos pela casa do esquecimento num canto o desenho da tristeza lembranças de uma vida feita ao vento num canto o desenho da tristeza lembranças de uma vida feita ao vento

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Chama-me apenas mulher


Mário Raínho / Acácio Gomes *fado acácio*


Chama-me apenas mulher
E não um nome qualquer
Tão igual a tanta gente
Chama-me irmã, companheira
Amante p’ra vida inteira
Tua amiga eternamente

Chama-me luz de luar
A brisa fresca do mar / O calor do mês de agosto
Chama-me flor pequenina
Ou simplesmente menina / Que é nome que eu tanto gosto

Chama-me também fadista
Teu sonho, tua conquista / Namorada por prazer
E p’ra melhor esplendor
Sobretudo meu amor / Chama-me apenas mulher


domingo, 21 de janeiro de 2018

Foge de mim

Domingos Gonçalves da Costa / Maximiano de Sousa *Max* Foge de mim... sinceramente te peço Esquece tu que eu também esqueço o nosso amor infeliz; Foge de mim... porque jamais compreendes Que eu não sou quem tu pretendes e assim não serás feliz; Foge de mim... porque há o sofrer e há o penar Se a isto chamas amar, eu não quero amar assim E se algun dia te encontrares sem um carinho Qual errante num caminho Agreste, triste e sem fim Volta aos meus braços, aos meus afetos leais E verás que nunca mais Nunca mais foges de mim Foge de mim... se a tua forte vontade É trocares nossa amizade por outro afeto qualquer; Foge de mim... porque a saudade é só minha Já não ficarei sózinha, serei a mesma mulher; Foge de mim... p'ra onde eu nunca te veja Foge e que Deus te proteja e ao meu desgosto dê fim

A mulher que já foi tua...

Carlos Conde / José António da Silva *fado bacalhau* Mudou-se p’ra nossa rua A mulher que já foi tua E passa o tempo à janela; Se passas, ela sorri Mas não olha mais p’ra ti Por me ver olhar p’ra ela Sabe quando entras e sais De onde vens, p’ra onde vais / E tem nisso tal ensejo Que tudo faz p’ra te ver E eu tudo tento fazer / Só p’ra ela ver que eu vejo Há dias, meteu-me dó Porque assim que me viu só / Foi para dentro a chorar E eu tive pena daquela Que passa o tempo à janela / Só para te ver passar Mudou-se p’ra nossa rua A mulher que já foi tua / P’ra que junto dela passes Não fez tudo o que devia Pois muito mais eu faria / Se por outra me trocasses

Dois Fados Desiguais

Fernando Campos de Castro / Júlio Proença *fado esmeraldinha* Não me peças mais o fado que cantei No momento dessa hora em que te vi Depois disso quanta lágrima chorei Sem ter nada, sem ter Deus e amor sem ti Do poema que cantei e que era meu Que falava dum amor que andava ausente Tu disseste que era igual ao fado teu E por isso era dos dois eternamente Não me peças meu amor mais esse fado Que foi dantes, não de agora, nem depois Deixa os versos descansar nesse passado Do passado que existiu entre nós dois Não me peças que regresse ao tempo antigo Dessa casa, nessa noite de ternura Onde ainda eu te vejo a sós comigo Nessa mesa iluminada de loucura

Ana Marques-Não rias

leta de Ivete Pessoa /muaica de Armando Machado-fado tertulia

Não sei porque razão te quero tanto
E é louco por ti, meu coração
Não sei porque razão este meu pranto
Só riso te provoca, sem razão

Não rias meu amor Da minha grande dôr
Não rias por favor do meu sofrer
Tem cuidado comigo Talvez p'ra teu castigo
A sorte á minha porta vá bater

Podes seguir na vida sem cuidado
E podes fazer juras, a mentir
Mas olha meu amor, estás enganado
Que a vida não é só levada a rir

LETRA RETIRAD DO BLOG FADOS DO FADO a quem agradeço

Dona do meu pensamento

Este fado é também conhecido por Ramo Batido Este fado tem letra de José Correia Tavares e música da marcha de João Maria dos Anjos Ramo batido plo vento com folhas flores e ninhos num jardim a tua espera, dona do meu pensamento sou escravo dos teus carinhos és a minha primavera Quando não vens, fico triste qualquer coisa me atormenta, sem ti sou tão infeliz, é nos teus lábios que existe, a seiva que me alimenta, tu és a minha raiz. Folhas, flores ninhos e luas, quando tenho as mãos nas tuas não há ventos nem procelas, quero lá saber do Mundo, se no teu olhar profundo, há milhões de coisas belas,

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Por quem choras, coração?

letra de Artur Ribeiro / Júlio Proença *fado proença* Por quem choras, coração Não chores, porque eu bem vi Esse teu pranto sem fim Diz-me lá porque razão Andas a chorar por ti Em vez de chorares por mim Por quem vais nessa tristeza Por quem vais perder as horas Perdido na noite escura Não tenho bem a certeza Mas penso, por quem tu choras Não anda à nossa procura Por quem choras, coração Diz lá porque não te queixas De quem te fez sofrer tanto Esse teu choro é traição Tu choras por ti, mas deixas Meus olhos rasos de pranto